Um estudo inédito da KPMG identificou que o setor de serviços financeiros tem 18 startups com foco em inovação regulatória, cerca de 5,8% do total de empresas desse porte no Brasil (309). Trata-se do quarto setor que mais possui startups do ramo de regulação apontado pelo mapeamento, ficando atrás das empresas multissetoriais (68%), energia e petróleo (13,9%) e saúde (8,1%).
Entre as 18 startups de serviços financeiros no ramo de regulação, 9 delas têm foco em análise de risco (2,9%), 5 de análise de crédito (1,6%), 3 são de regulação de sinistros (1,6%) e uma de open banking (0,3%).
As RegTechs são startups que oferecem soluções para ajudar empresas a se adequar às mudanças no ambiente regulatório (leis, regulamentos e outras normas), a trazer inteligência para a gestão regulatória e até mesmo a monitorar movimentos governamentais e de legisladores. Vale ressaltar, ainda segundo o estudo, que a maioria das RegTechs (68% do total) atende demandas regulatórias transversais, como temas contábeis (20% deste total), jurídicos (7,4%) e aspectos trabalhistas (5,8%). Na prática, só foram caracterizadas como RegTechs de serviços financeiros quando as mesmas atendiam uma demanda exclusiva do segmento financeiro.
“Os serviços financeiros são altamente regulados no Brasil, mas muitas demandas regulatórias se aplicam também a outros segmentos. No entanto, a pesquisa revela que há espaço para novos empreendedores inovarem neste segmento – 14 RegTechs atuam com ênfase em temas relacionados à análise de risco e crédito que utilizam novas tecnologias como analytics, inteligência artificial no desenvolvimento e oferta de suas soluções ao mercado considerando os dados de clientes e seus hábitos de crédito e consumo como base para os modelos de análise”, afirma Marcelo Ribeiro, sócio-diretor de Regulatório da KPMG no Brasil.
A pesquisa “RegTech Mining Report – Mapeamento e perfil” está disponível na íntegra no link – https://home.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2020/11/inovacao-estrategia-regulatoria-2020.pdf
