Brasil se firma como potência da creator economy e já é o segundo maior mercado de criadores de conteúdo no mundo

O Brasil está no centro de uma das maiores transformações da economia digital. Segundo relatório da Schwarzwald Capital, o país já soma cerca de 110 milhões de criadores de conteúdo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (com 140 milhões) e à frente de grandes mercados como Índia e México. O dado posiciona o Brasil como o segundo maior ecossistema de criadores no mundo, com potencial direto de impulsionar a economia criativa e digital na América Latina.

O levantamento mostra que, globalmente, há mais de 430 milhões de criadores ativos publicando regularmente conteúdo gerado por usuários (UGC). A diversidade geográfica tem crescido de forma significativa, com criadores surgindo em países desenvolvidos e em desenvolvimento, com o Brasil se destacando como um dos ambientes mais férteis para o avanço dessa nova economia.

Diferente dos influenciadores tradicionais, os criadores são caracterizados por comunidades menores, porém mais íntimas e engajadas, com forte presença em nichos como games, cultura, finanças, moda e educação. A tendência aponta para uma descentralização da influência digital e novas formas de monetização baseadas em relacionamento, recorrência e fidelidade.

“O Brasil representa um dos polos mais importantes da creator economy global, com dezenas de milhões de criadores gerando conteúdo original e monetizando suas paixões. Em 2025, estamos vendo este ecossistema crescer ainda mais, com diversificação de formatos, novos modelos de monetização e impacto direto na economia digital”, afirma Carolina Rossettini, COO da Noodle.

Crescimento acelerado da creator economy em 2025

Relatórios de 2025 apontam que a creator economy global deve movimentar entre US$ 191 bilhões e US$ 265 bilhões este ano, com projeções que indicam um salto para US$ 525 bilhões até o fim da década.

Apenas em 2025, os criadores devem gerar cerca de US$ 185 bilhões em receitas diretas, o que representa um aumento de mais de 20% em relação a 2024. As plataformas criadoras, como YouTube, TikTok, Instagram, LinkedIn e Kwai, devem ultrapassar os meios tradicionais em receita de publicidade ainda este ano.

Na América Latina, a aceleração é ainda mais evidente: a região registrou um crescimento de 67% na receita ano a ano, impulsionada pela profissionalização dos criadores e maior acesso a ferramentas de monetização, como clubes de membros, doações, patrocínios e e-commerce creator-led.

Brasil: um terreno fértil para inovação e comunidade

O destaque do Brasil se explica por uma combinação de fatores: penetração digital crescente, cultura colaborativa, protagonismo em plataformas sociais e forte vocação para a produção de conteúdo original. Somado a isso, há um amadurecimento no relacionamento entre criadores e marcas, com foco em autenticidade, nicho e engajamento real.

“O que estamos vendo é uma mudança estrutural na forma como se gera e se consome conteúdo. Os criadores brasileiros estão à frente dessa transformação, com potencial de exportar tendências, educar o mercado e inovar em produtos e formatos”, conclui Carolina Rossettini.

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